Os primeiros anos de regime monárquico no Brasil, após a proclamação da independência, não foram tranquilos, principalmente porque o imperador D. Pedro I governou de forma muito autoritária. Em 1823, formou-se uma Assembleia Constituinte com a finalidade de elaborar a primeira Constituição do Brasil.
Porém, os projetos de lei desagradaram ao imperador, porque propunham algumas limitações ao seu poder e valorizavam o poder Legislativo. Em outras propostas, os constituintes diminuíam a participação dos comerciantes portugueses e aumentavam a dos fazendeiros no que se referia às eleições e ao exercício de cargos públicos. Diante disso tudo, D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte e assumiu a tarefa de elaborar ele próprio a nova Carta Constitucional apoiada por alguns brasileiros por ele convocados. Assim, a nova Constituição foi outorgada em 1824.

D. Pedro I, durante os nove anos de seu governo, enfrentou alguns outros problemas, e vale a pena mencionar a Confederação do Equador e a Guerra Cisplatina.
A Confederação do Equador foi uma revolta ocorrida nas províncias do norte e nordeste do Brasil, de caráter liberal e republicano, que se manifestou contra o fechamento da Assembleia Constituinte de 1823 e a imposição da Constituição de 1824 ao País. Os revoltosos foram reprimidos pelas forças imperiais e alguns de seus líderes, condenados à pena de morte.
A Guerra Cisplatina foi um conflito ocorrido na antiga Colônia de Sacramento, atual Uruguai. Essa região havia sido colonizada pelos espanhóis, mas, por razões políticas e econômicas, fora invadida em 1816 por tropas enviadas por D. João VI. A partir dessa ocupação pelos brasileiros a região passou a se chamar Província Cisplatina.
Mas, em 1825, os habitantes cisplatinos reagiram contra tudo isso e declararam a região e parte da Argentina livres do Brasil. Diante dessa situação, D. Pedro I mandou tropas de combate para lutar contra a decisão dos cisplatinos e contra a Argentina. Finalmente, as partes em conflito assinaram um acordo de paz sob intermédio da Inglaterra, e a região passou a ser uma nação independente com o nome de República Oriental do Uruguai.
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